3ª palestra 

Alpino, Itália 

Amigos, nestas conversas tenho estado a tentar mostrar que quando a ação envolve esforço, autocontrole – e eu expliquei o que quero dizer com estes termos – deve haver diminuição e limitação da vida, mas onde a ação é sem esforço, espontânea, há completude de vida. O que eu digo, contudo, diz respeito à própria completude da vida, não ao caos da libertação incompreendida. Explicarei de novo o que quero dizer com ação sem esforço.

Quando você tem consciência da incompletude, você tem o desejo de encontrar um objetivo ou um fim que será sua autoridade e, assim, espera preencher esse vazio, essa incompletude. A maior parte de nós está continuamente à procura de um objetivo, um fim, uma imagem, um ideal para o nosso conforto. Estamos incessantemente a trabalhar na direção desse objetivo, porque estamos conscientes da luta que surge da incompletude. Mas se compreendêssemos a própria incompletude, então deixaríamos de procurar um objetivo, que é apenas uma substituição.

Para compreender a incompletude e a sua causa, vocês devem descobrir porque procuram um objetivo. Por que trabalham na direção de um objetivo? Por que é que querem se disciplinar de acordo com um padrão? Porque a incompletude, da qual estão mais ou menos conscientes, dá origem a um esforço continuado, à luta continuada, dos quais a mente tenta fugir estabelecendo a autoridade de um ideal confortável que esperam que lhes sirva de guia. Desse modo, a própria ação não tem significado, torna-se meramente um trampolim para um fim, para um objetivo. Na sua procura da verdade, vocês utilizam a ação meramente como um meio para atingir um fim, e o significado da ação perde-se. Fazem esforços enormes para alcançar um objetivo, e a importância da sua ação reside no fim que ela alcança – não na própria ação.

A maioria das pessoas estão aprisionadas pela procura por recompensa na tentativa de fugir da punição. Elas trabalham para resultados, são incentivadas por um motivo e, por isso, a sua ação não pode ser completa. A maioria de vocês estão presos nessa prisão da incompletude e, por isso, vocês têm de se tornar conscientes dessa prisão.

Se não compreenderem o que eu digo, por favor interrompam-me, e eu voltarei a explicar.

Eu digo que devem se tornar conscientes de que são prisioneiros, têm de se conscientizarem de que estão continuamente a tentar fugir da incompletude e que a sua busca pela verdade é apenas uma fuga. Aquilo a que vocês chamam de busca pela verdade, por Deus, através da autodisciplina e conquista é apenas uma fuga da incompletude.

A causa da incompletude está na própria busca por conquista, mas vocês estão continuamente a fugir dessa causa. A ação nascida da autodisciplina, a ação nascida do medo ou do desejo de conquista é a causa da incompletude. Agora, quando vocês se tornam conscientes de que tal ação é, ela própria, a causa da incompletude, vocês são libertados dessa incompletude. No momento em que se tornam consciente do veneno, o veneno deixa de ser um problema para vocês. Só é um problema enquanto não estiverem conscientes da sua ação na sua vida.

Mas a maioria das pessoas não conhece a causa da sua incompletude, e dessa ignorância surge um esforço incessante. Quando eles tomam consciência da causa – que é a busca por conquista – então nessa consciência há completude, completude que não requer esforço. Então, na sua ação não há esforço, não há autoanálise, não há disciplina.

Da incompletude surge a procura por conforto, autoridade e a tentativa de atingir esse objetivo priva a ação do seu significado intrínseco. Mas quando vocês se tornam totalmente conscientes com a mente e o coração da causa da incompletude, então a incompletude cessa. Dessa consciência vem a ação que é infinita, pois tem significado em si mesma.

Em outras palavras, enquanto a mente e o coração estiverem presos à carência, ao desejo, deve haver vazio. Vocês querem coisas, ideias, pessoas, apenas quando estão conscientes do seu próprio vazio, e esse querer cria uma escolha. Onde há desejo deve haver escolha, e a escolha coloca-os no conflito das experiências. Vocês têm a capacidade de escolher e, assim, limitam a si próprios pela sua escolha. Somente quando a mente está livre de escolha existe liberação.

Todo desejo, toda carência é cegante, e sua escolha nasce do medo, do desejo de consolo, conforto, recompensa ou como resultado de um cálculo astuto. A carência existe devido ao vazio dentro de vocês. Uma vez que sua escolha é sempre baseada na ideia de ganho, não pode haver verdadeiro discernimento nem percepção verdadeira, existe apenas carência. Quando vocês escolhem, porque vocês escolhem, a sua escolha apenas cria um outro conjunto de circunstâncias que resultam em mais conflito e escolha. A sua escolha, que nasce da limitação, estabelece mais séries de limitações, e essas limitações criam a consciência que é o “eu”, o ego. À multiplicação da escolha vocês chamam de “experiências”. Contam com essas experiências para se libertarem da sua escravidão, mas elas nunca o poderão fazer, pois vocês pensam nas experiências como um contínuo movimento de aquisição.

Deixem-me ilustrar isso com um exemplo, que transmitirá talvez o meu pensamento. Suponham que perdem, por morte, alguém a quem amam muito. Essa morte é um facto. Agora, imediatamente vocês experimentam uma sensação de perda, um desejo de estar novamente com essa pessoa. Vocês querem o seu amigo de volta e uma vez que não o podem ter outra vez, a sua mente cria ou aceita uma ideia para satisfazer o seu desejo emocional.

A pessoa que amam foi-lhes tirada. Então, porque sofrem, porque estão conscientes de um vazio intenso, uma solidão, querem voltar a ter o seu amigo. Isto é, querem terminar com o seu sofrimento, colocá-lo à parte ou esquecê-lo, querem amortecer a consciência desse vazio que está escondido quando estão com o amigo que amam. A sua carência surge do desejo de conforto, mas uma vez que não podem ter o conforto da sua presença, vocês pensam em alguma ideia que os possa satisfazer – reencarnação, vida após a morte, a unidade de toda a vida. De tais ideias – eu não digo se elas estão certas ou erradas, nós as discutiremos em outra ocasião – em tais ideias, eu digo, vocês retiram conforto. Porque não podem ter a pessoa que amam, retiram consolo mental de tais ideias. Isto é, sem verdadeiro discernimento, vocês aceitam qualquer ideia, qualquer princípio que pareça satisfazê-los naquele momento, para deixar de lado aquela consciência de vazio que causa sofrimento.

Portanto, a sua ação baseia-se na ideia de consolo, na ideia de multiplicação de experiências; a sua ação é determinada pela escolha, que tem as suas raízes na carência. Mas no momento em que se tornam conscientes com sua mente e com o seu coração, com todo o seu ser da inutilidade da carência, então o vazio cessa. Mas vocês só estão parcialmente conscientes desse vazio, portanto, tentam obter satisfação lendo novelas, perdendo-se em diversões que o homem criou em nome da civilização. E essa busca por sensação vocês chamam de “experiência”.

Isso vocês têm de tomar consciência com o seu coração e com sua mente, que a causa do vazio é a carência, que resulta em escolha e impede o verdadeiro discernimento. Quando tomam consciência disso, há então a cessação da carência.

Como eu disse, quando se sente um vazio, uma carência, vocês aceitam sem verdadeiro discernimento. E a maioria das ações que compõem as nossas vidas estão baseadas nesse sentimento de carência. Podemos pensar que as nossas escolhas estão baseadas na razão, no discernimento, podemos pensar que pesamos as possibilidades e calculamos as chances antes de fazer uma escolha, no entanto, porque existe em nós uma cobiça, uma carência, uma ânsia, não podemos conhecer a verdadeira percepção ou discernimento. Quando vocês percebem isso, quando se tornam conscientes disso com todo o seu ser, tanto emocional como mentalmente, quando vocês percebem a inutilidade da carência, então a carência cessa; estarão libertos, então, desse sentimento de vazio. Nessa chama da consciência não existe disciplina nem esforço.

Mas nós não percebemos isso totalmente, não nos tornamos conscientes, pois experimentamos prazer na carência, porque estamos continuamente à espera que o prazer na carência domine a dor. Nós nos esforçamos para obter o prazer, mesmo sabendo que ele não está livre da dor. Se vocês se tornarem totalmente conscientes de todo o significado disso terão feito um milagre para si mesmos; então experimentarão a liberdade da carência e, portanto, a libertação da escolha; então vocês já não serão aquela consciência limitada, o “eu”.

Quando existe dependência ou se conta com outro para apoio, para encorajamento, onde existe dependência de outro, há solidão. Ao contar com outro para a completude, para a felicidade ou bem-estar, ao contar com outro para consolo, na sua dependência de qualquer pessoa ou ideia como uma autoridade em assuntos de religião – em tudo isso há absoluta solidão. Porque estão assim dependentes e, por isso, sozinhos, vocês procuram conforto ou uma forma de escape; vocês procuram autoridade e apoio de outro para que lhes dê consolo. Mas quando vocês se tornam conscientes da falsidade de tudo isso, quando se tornam conscientes tanto com o seu coração como com sua mente, então há o fim da solidão, pois você não depende mais de outra pessoa para sua felicidade.

Portanto, onde há escolha, não pode haver discernimento, pois o discernimento é sem escolha. Onde há escolha e a capacidade de escolher, há apenas limitação. Somente quando a escolha cessa é que há libertação, completude, riqueza de ação que é a própria vida. A criação é isenta de escolha, bem como a vida e a compreensão também. Da mesma maneira é a verdade, é uma ação contínua, uma eternidade na qual não existe escolha, é puro discernimento.

Interrogante: Como podemos nos livrar da incompletude sem formar algum ideal de completude? Após a realização da completude pode não haver necessidade de um ideal, mas antes da realização da completude ter algum ideal parece inevitável, apesar de que terá que ser provisório e mudará de acordo com o crescimento da compreensão.

Krishnamurti: O simples facto de você dizer que precisa de um ideal para superar a incompletude mostra que você está apenas tentando sobrepor esse ideal à incompletude. Isso é o que a maioria de vocês está tentando fazer. É apenas quando vocês descobrem a causa da incompletude, e estão conscientes dessa causa, é que se tornam completos. Mas vocês não descobrem a causa, vocês não compreendem o que estou a dizer, ou melhor, vocês compreendem apenas com suas mentes, apenas intelectualmente. Qualquer pessoa pode fazer isso, mas entender realmente exige ação.

Agora, você sente a incompletude e, por isso, procura um ideal, o ideal de completude. Isto é, você está procurando um oposto à incompletude e, ao querer esse oposto, você apenas cria outro oposto. Isso pode parecer confuso, mas não é. Vocês procuram continuamente o que lhes parece ser o “essencial”. Um dia vocês acham que isso é essencial, escolhem isso, esforçam-se por isso e o possuem, mas enquanto isso, ele já se tornou o não essencial. Agora, se a mente estiver livre de todo o senso de dualidade, livre da ideia de essencial e não essencial, então não serão confrontados pelo problema da escolha; então atuam a partir da totalidade do discernimento, e já não procuram mais a imagem da completude.

Por que vocês se apegam ao ideal de liberdade quando estão numa prisão? Vocês criam ou inventam esse ideal de liberdade, porque não podem fugir da sua prisão. Também é assim com seus ideais, seus Deuses, suas religiões, eles são a criação do desejo de escapar para o conforto. Vocês próprios fizeram do mundo uma prisão, uma prisão de sofrimento e conflito; e porque o mundo é uma prisão, vocês criam um Deus ideal, uma liberdade ideal, uma verdade ideal.

E esses ideais, esses opostos, são apenas tentativas de fuga emocional e mental. Os seus ideais são meios de fuga da prisão em que estão confinados. Mas se vocês se conscientizarem dessa prisão, se tiverem consciência do facto de que estão a tentar escapar, então essa percepção destrói a prisão, então em vez de procurar a liberdade, vocês conhecerão a liberdade.

A liberdade não vem para aquele que busca a liberdade. A verdade não é encontrada por aquele que a procura. Somente quando vocês perceberem com toda sua mente e com todo seu coração da condição da prisão em que vivem, quando tomarem consciência do significado dessa prisão, somente então serão livres, naturalmente e sem esforço. Essa compreensão só pode vir apenas quando estão numa grande crise, mas a maior parte de vocês tenta evitar as crises. Ou, quando são confrontados por uma crise, imediatamente vocês procuram conforto na ideia de religião, de Deus, na ideia de evolução; vocês se voltam para os sacerdotes, para os guias espirituais, para o consolo, procuram distração nos divertimentos. Tudo isso são apenas fugas do conflito. Mas se vocês realmente enfrentarem a crise, se tomarem consciência da inutilidade, da falsidade da fuga como um mero meio de adiamento da ação, então nessa consciência nasce a flor do discernimento.

Portanto, vocês devem se tornar conscientes em ação, que lhes revelará as buscas ocultas do desejo. Mas essa consciência não resulta da análise. A análise apenas limita a ação. Respondi a essa pergunta?

Interrogante: O senhor enumerou os sucessivos passos para o processo de criação das autoridades. Poderá enumerar os passos do processo inverso, o processo de nos libertarmos de toda autoridade?

Krishnamurti: Receio bem que a pergunta esteja mal formulada. Você não pergunta o que cria a autoridade, mas sim como se libertar dela. Por favor, deixe-me dizer novamente: uma vez que você está ciente da causa da autoridade, você está livre da autoridade. A causa da criação da autoridade é o que é importante – não os passos que levam à autoridade ou as etapas que levam ao fim da autoridade.

Por que é que você cria autoridade? Qual é a causa da sua criação da autoridade? É, tal como eu disse, a procura por segurança – e terei que dizer isso tantas vezes que se tornará quase uma fórmula para vocês. Agora, você está procurando uma segurança na qual pensa que não precisará fazer qualquer esforço, onde não precisará lutar com o seu próximo. Mas você não alcançará esse estado de segurança apenas procurando-o. Há um estado que é a realização, que é a garantia da felicidade, um estado no qual você atua a partir da vida, mas esse estado, você só o alcança quando não procurar por segurança. Somente quando você compreender com todo o seu ser que não existe segurança na vida, somente quando se libertar dessa procura constante, poderá haver completude. Portanto, você cria autoridade na forma de ideais, na forma de sistemas religiosos, sociais, econômicos – todos eles são baseados na procura por segurança individual. E, por isso, é você próprio o responsável pela criação da autoridade, à qual se escraviza. A autoridade não tem existência própria, ela não tem existência separada daquele que a cria. Você a criou, e até que você tenha consciência com todo o seu ser da causa da sua criação, você será um escravo dela. E só poderá se tornar consciente dessa causa quando estiver a agir, não por meio da autoanálise ou da discussão intelectual.

Interrogante: Eu não quero um conjunto de regras para estar “consciente”, mas gostaria muito de compreender a consciência. Não é necessário fazer um grande esforço para estar consciente de cada pensamento à medida que ele aparece, antes que se chegue ao estado de ausência de esforço?

Krishnamurti: Por que é que quer estar consciente? Qual é a necessidade de estar consciente? Se você está perfeitamente satisfeito como está, continue assim. Quando você diz: “Eu tenho de estar consciente”, você está apenas a transformar a consciência num outro fim a ser alcançado e dessa forma você nunca se tornará consciente. Você descartou um conjunto de regras e agora está a criar um outro conjunto, em vez de tentar estar consciente quando estiver numa grande crise, quando estiver a sofrer.

Enquanto procurar conforto e segurança, enquanto estiver à sua vontade, você apenas está a considerar o assunto intelectualmente e diz: “Eu tenho que estar consciente”. Mas quando no meio do sofrimento você tenta descobrir o significado do sofrimento, quando você não tenta fugir dele, quando numa crise você toma uma decisão – não nascida da escolha, mas da própria ação – então você se torna realmente consciente. Mas quando você está tentando fugir, a sua tentativa para estar consciente é inútil. Você realmente não quer estar consciente, você não quer descobrir a causa do sofrimento, toda a sua preocupação é com a fuga.

Vocês vêm aqui e me ouvem dizer que escapar do conflito é inútil. No entanto, vocês desejam escapar. Portanto, o que querem dizer é: “Como posso fazer ambas as coisas?” De forma esperta, astuta, no fundo das suas mentes, vocês querem as religiões, os deuses, os meios de fuga que vocês inventaram e construíram habilmente ao longo dos séculos. E, no entanto, escutam-me quando eu digo que nunca encontrarão a verdade através da orientação de alguém, através da fuga, através da busca por segurança, que resulta apenas em solidão eterna. Depois perguntam: “Como é que alcançamos ambas? Como é que harmonizamos fuga e consciência?” Vocês confundiram as duas e procuram um acordo, por isso, perguntam: “Como é que me torno consciente?” Mas se, em vez disso, vocês disserem francamente a si próprios: “Eu quero fugir, eu quero conforto”, então encontrarão exploradores que lhe darão o que vocês querem. Vocês próprios criaram os exploradores devido ao seu desejo de fugir. Descubram o que querem, tomem consciência do que vocês desejam, então a questão da consciência não surgirá. Porque vocês estão sozinhos, vocês querem consolo, mas se vocês procuram consolo, sejam honestos, sejam francos, estejam cientes do que querem e conscientes de que estão à procura de consolo, então poderemos compreender o assunto.

Posso dizer-lhes que da dependência em outros, da procura por conforto, resulta a eterna solidão. Posso tornar-lhes isso facilmente compreensível, e vocês, por sua vez, podem concordar ou discordar. Posso mostrar-lhe que na carência existem um vazio e um nada eternos. Mas vocês retiram satisfação da sensação, do prazer, das alegrias transitórias que preenchem suas carências, seus desejos. Então, quando lhes mostro a falsidade da carência, vocês não sabem como agir. Portanto, como um compromisso, vocês começam a se disciplinar, e essa tentativa de disciplina destrói sua vida criativa. Quando vocês realmente compreenderem o absurdo, o vazio da carência, então essa carência desaparece sem qualquer esforço. Mas enquanto estiverem escravizados pela ideia de escolha, vocês têm que fazer um esforço, e dele surge, como um oposto, o desejo de consciência, o problema de viver sem esforço.

Interrogante: O senhor fala ao homem, mas o homem foi primeiramente uma criança. Como podemos educar uma criança sem disciplina?

Krishnamurti: Você concorda que a disciplina é inútil? Você sente a inutilidade da disciplina?

Comentário da audiência: Mas o senhor começa do ponto em que o homem já é um homem. Eu quero começar com a criança como criança.

Krishnamurti: Todos nós somos crianças; todos nós temos que começar, não com os outros, mas com nós mesmos. Quando fizermos isso, então descobriremos o caminho certo com as crianças. Vocês não podem começar com as crianças porque são os pais das crianças, vocês devem começar com vocês mesmos. Imaginemos que você tem uma criança, você acredita na autoridade e a treina de acordo com essa crença, mas se você compreendesse a inutilidade da autoridade, você a libertaria dela. Portanto, antes de tudo, vocês mesmos precisam descobrir o significado da autoridade na sua vida.

O que eu digo é muito simples. Eu digo que a autoridade é criada quando a mente procura conforto na segurança. Por isso, comecem por vocês mesmos. Comecem com seu próprio jardim, não com o jardim dos outros. Vocês querem criar sistema de pensamento, um novo sistema de ideias, um novo sistema de comportamento, mas vocês não podem criar algo novo reformando algo velho. Vocês devem romper com o velho para começar o novo; mas só poderão romper com o velho quando compreenderem a causa do velho.

06/07/1933